quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Esperança (Suzanne Collins)

ALERTA DE SPOILERS: Este texto poderá conter revelações do enredo. Se você tem intenção de ler o livro, talvez seja melhor voltar depois. Fica a dica! 



Título: A Esperança
Autora: Suzanne Collins
Título original: Mockingay
Tradução: Alexandre D'Elia
Editora: Rocco
Páginas: 424

*Li em E-Book.





Vou tentar escrever este post da maneira mais breve possível, sintetizando bem o enredo para evitar ficar fazendo muitas revelações importantes, mas manifesto prontamente a minha dificuldade em não detalhar a história. Por isso, eventualmente poderão aparecer spoilers.

Começamos o último livro da Trilogia Jogos Vorazes exatamente do ponto onde terminou Em Chamas. Somos apresentados ao Distrito 13 e seus habitantes. Vemos como os acontecimentos ocorridos no livro anterior impactaram a vida de todos os personagens. Neste livro, vemos Katniss lutar para se reerguer depois de tantos sofrimentos e traumas, vemos as marcas deixadas por tanto banho de sangue. Ficamos sabendo detalhadamente sobre o levante contra a Capital, como os distritos estão se rebelando contra a opressão do presidente Snow. No meio de tudo isso, vemos Katniss se transformar no rosto de uma rebelião, a verdadeira mockingjay, aquela que é capaz de dar voz ao povo de Panem.

Neste livro, continuamos vendo os eventos a partir do ponto de vista da Katniss, que é a narradora. A história é contada de forma linear, sem grandes cortes na narrativa ou saltos no tempo. Isso me agrada porque o leitor vai descobrindo os detalhes na trama da mesma forma que os personagens, aos poucos, após uma boa dose de envolvimento. Percebi que este último livro tem um apelo psicológico ainda maior que os anteriores. A narrativa vai ficando mais densa, mais aflitiva a cada página. A escrita da Suzanne Collins continua bem envolvente.

Era comum durante a leitura eu me sentir como se estivesse de fato no Distrito 13. Me via ansiosa com a possibilidade da guerra, revoltada com as decisões da líder do distrito 13, Coin, machucada como a população. Enfim, foi mais que envolvimento, foi empatia profunda. Mesmo assim, não fiquei livre de aborrecimentos. No início, achei o livro um pouco massante, nada demais, só queria a antecipação de alguns fatos, apesar disso me mantive empolgada com a leitura como aconteceu com os livros que precederam este.

Pela primeira vez me vi chateada com o triângulo amoroso. Embora ficasse nítida a relação de afeto entre Katniss e Peeta, sempre tinha o Gale no meio da história. Estavam todos lá, devastados pelo efeito da guerra e ainda assim a Katniss era incapaz de perceber com clareza seus sentimentos. Sei que o que ela viveu foi muito difícil, mas não dava mais para engolir esse triângulo (minha humilde opinião). Peeta sai um pouco de foco, Gale passa a ter mais destaque no livro.

Mas à medida que a narrativa fluía e a gente avançava na história, ficava praticamente impossível largar o livro. Eu gostei da expectativa que foi plantada em mim, gostei da dualidade provocada, porque se por um lado eu queria saber logo o fim, por outro, me negava a permitir que o fim da história chegasse. Queria que os acontecimentos do final tivessem sido mais explorados, mais desenvolvidos... Só que tudo bem, estou muito mais do que satisfeita com o que recebi.

O que me desagradou no fim e me fez, aliado a outros fatores, não colocar esse livro em um patamar melhor, foi a escolha da Katniss, porque não houve uma escolha. Me pareceu que a vida seguiu e as coisas aconteceram do jeito que aconteceram porque outros personagens tomaram a decisão pela Katniss. Eu gostaria que ela tivesse chegado a uma conclusão antes, forte, definitiva. Gostaria que ela tivesse sido capaz de lutar pelo amor da vida dela e não ficar conformada com o que ia acontecendo. Para uma pessoa que já perdeu tanto, ela deveria ser mais capaz de agarrar o que ela quer.

Fiquei tristinha com a história do Finnick também.

Resumindo, gostei muito do livro, acho que foi um ótimo final, bem amarrado, bem construído. Só não sei se o escolheria como o meu preferido da série. Tenho dúvida ainda. Posso mudar de ideia depois, mas acho que meu preferido ainda é Em Chamas. A única coisa que posso afirmar com certeza é quero fazer uma releitura da trilogia no futuro.








O que eu espero do filme Jogos Vorazes: A Esperança...

Para quem ainda não sabe, a adaptação de A Esperança para as telonas deve estrear em 20 de novembro de 2014. Seguindo a tendência de outros filmes inspirados em livros de sucesso, como Harry Potter e as Relíquias da Morte e Amanhecer, a Lionsgate Entertainment dividirá o último filme da franquia em duas partes.

Na minha opinião, eu acho essa divisão totalmente desnecessária. Dava muito bem para adaptar o livro em um único filme, assim como aconteceu com os outros dois livros da série, sem perder a qualidade. Claro que eu fico feliz em prolongar meu contato com personagens tão queridos. Quem não quer? Contudo, esse tipo de ação me cheira puramente a uma estratégia de marketing, visando arrecadar o máximo de lucro possível com as bilheterias de uma obra que já é sucesso antes mesmo do lançamento. Sem falar que ter que aguardar um período de um ano entre as duas parte é até uma covardia.

Mas vamos ao que eu espero...

Eu acho que a Parte 1 vai focar nos dias vividos no Distrito 13. Vai mostrar a adaptação dos refugiados, os conflitos internos da Katniss e a estratégia de guerra. Acho que o Gale deve ter uma participação importante, recebendo destaque. Espero vê-lo em muitas cenas. Apesar de Peeta aparecer muito pouco na primeira parte do livro, acho que no filme irão mostrar os dias dele na Capital, as torturas, as angústias, porque não seria interessante deixar os fãs sem acompanhar sua saga pessoal. Ele é um personagem amado por muitos fãs (sou totalmente team Peeta).

Já na Parte 2, acredito que o foco será a tomada da Capital. Por isso espero que essa parte tenha muitas cenas de ação, acho que veremos muitos combates. O livro dá muitas possibilidades de cenas incríveis, acho que vão saber aproveitar bem.

No geral, espero as atuações maravilhosas da Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson e Sam Claflin, assim como aconteceu nos filmes anteriores. O figurino talvez não faça nosso queixo cair, como Em Chamas, mas dentro da simplicidade exigida, acho que sairão ideias incríveis. Aposto em um trabalho de edição impecável... Fotografia perfeita e edição de som sempre arrasando.

Mal posso esperar!


Entrevista com elenco sobre o filme A Esperança:




É isso pessoal.

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Até o próximo post. Tchau, tchau!

Um comentário:

  1. Continuo seguindo seu blog e amando seus post.
    Sou sua fã número um.
    beijos.

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